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A fama dos Passadiços do Paiva em Arouca, por quem Gaia se enamorou, foi elevada pelos ventos aos quatros cantos da Terra. As suas formosas escadarias parecem tomar os céus de encontro ao Criador. O rio Paiva que as acompanha é dos últimos de águas bravas e mais limpas da Europa. O seu percurso ondulante acariciando o vale aproxima o ser humano da natureza que esqueceu, mas quer resgatar. Este Jardim do Éden, pode conduzi-lo aos verdes prados e águas refrescantes, porque nada lhe falta, por isso temos o dever de o proteger e enaltecer a sua natureza. Esta aventura vai desvendar algumas das riquezas da sua fauna, flora, geologia, história, rápidos e praias fluviais. Muito se tem escrito sobre este premiado ser, contudo neste artigo vamos dar-lhe uma visão prática da visita, para colmatar uma das suas lacunas, para você saber de antemão o que pode ver, ouvir, cheirar, provar e tocar.

A Praia Fluvial do Castelo, fica localizada na freguesia de Fornos em Castelo de Paiva, sendo banhada pelas amenas águas do Rio Douro. O Rio Paiva aqui desagua em frente à sua amada Ilha dos Amores, que outrora fortificada defendia cristãos de ataques de muçulmanas gentes e ajudou a fundar a Lusitânia Pátria. O seu enquadramento natural, desportos náuticos e infraestruturas oferecidas fazem dela uma das melhores da região. Este é também um lugar para gente jovem, que atravessa a nado até à ilha e do cimo de temerosos penedos se precipitam como loucos, em saltos vertiginosos, para as tranquilas águas do rio. Durante o verão, aos fins-de-semana há uma grande azáfama de embarcações a motor, por vezes fazendo perigar a segurança dos banhistas. As ondas arremetem para a praia, à passagem dos grandes cruzeiros, com turistas a ver as vistas das arribas do Douro, que acenam alegremente, mas lançando invejosos olhares ao povo que se refresca na praia.

Meitriz em Arouca é uma terra profundamente longínqua, que brotou do fundo do Vale do Rio Paiva e que conserva ainda a sua traça tradicional, recebendo a distinção de Aldeia de Portugal. O rio por ela se enamorou, fazendo-lhe uma vénia ao chegar e oferecendo-lhe uma praia fluvial para se perfumar. Ela deu-lhe volta à cabeça, ele deu-lhe voltas ao rio, tão recortadas de pasmar, não podendo ficar partiu, dando lágrimas ao lugar. Por estas terras se reconquistou e perdeu território para o Sarraceno, Almançor por aqui atemorizou, mas este povo sempre lutou e como em Moldes igrejas sempre edificou. 

Falcão deu a última ordem de partida para a Ilha dos Amores faltavam 5 minutos para as 14 horas. Num instante, a balbúrdia do cais cedeu ao silêncio. A equipa do Ondas da Serra foi a última a zarpar rumo ao ponto alto da caminhada ‘Em busca do amor’. À nossa espera estava o almoço partilhada entre as 21 pessoas que se aventuraram por Castelo de Paiva este Domingo, 22 de Julho.

No dia 22 de julho de 2018, realizou-se mais um evento do Ondas da Serra, sob o mote “Em busca do amor”, em Castelo de Paiva. Esta nova iniciativa da nossa comunidade, percorreu o "Trilho Ilha dos Amores", que começa e termina no Lugar do Castelo. Participaram nesta caminhada, duas dezenas de pessoas, oriundas de Ovar, Espinho, Vila Nova de Gaia, Porto e Beja. Nesta caminhada percorremos este percurso pedestre, por terras de Fornos e no final fomos de barco até à Ilha dos Amores. Neste local passamos o resto do dia, onde fizemos yoga e meditação, partilhamos um almoço, nadamos e demos saltos loucos para o Rio Douro e declamamos Camões.

O Ondas da Serra vai realizar um novo evento, vamos tentar procurar, falar e meditar sobre o “Amor” e nada melhor que procurarmos todos a nossa “Ilha dos Amores”. Com esta demanda em mente vamos caminhar para Castelo de Paiva no dia 22 julho.

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